sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cuántos euros cuesta?

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Por Karla Vidal

Se o seu destino é a Espanha e você não tem a menor ideia de quanto custa viver por lá, está no lugar certo. O Passaporte Universitário dá dicas sobre moradia, alimentação e outros gastos que devem entrar no orçamento.

Moradia. Assim como no Brasil, o custo de vida na Espanha varia de lugar para lugar. Além disso, os gastos variam se você pretende morar sozinho ou dividir o apartamento. Se a sua escolha é Madri, os aluguéis variam, em média, de 600 € (um quarto) a 1500 € (três quartos). Já no caso de Barcelona, os preços vão de 750 € (um quarto) a 1300 € (quatro quartos). Para quem pretende morar em Granada, os preços são melhores: 350 € (um quarto); 530 € a 700 € (três quartos); e 950 € (quarto quartos).

Para quem pretende dividir apartamento, fique tranqüilo. Existem muitas pessoas na mesma situação por lá, e, por isso, é comum encontrar papéis colados nas universidades de estudantes que estejam procurando alguém para rachar o aluguel. Em média, é possível custear um quarto com 250 €. O site http://www.easypiso.com/ é uma boa dica para quem busca dividir moradia com outros estudantes.

Resolvida a questão "onde morar?", é preciso pensar em outros gastos. Com alimentação e produtos de higiene gasta-se em média 150 €. Veja alguns preços*:

LITRO DE LEITE .....................................0,89 €
PÃO FRANCÊS..........................................0,25 €
LATA DE COCA-COLA............................0,38 €
1 kg ARROZ.............................................. 0,90 €
1 kg LOMBO DE PORCO.........................8,50 €
PASTA DE DENTE...................................1,90 €
SABONETE.............................................. 0,80 €
12 ROLOS DE PAPEL HIGIÊNICO...... 1,85 €

* Preços médios.

Os gastos com transportes são uma preocupação a menos. Com 42 € é possível adquirir o Abono Transportes, um passe que dá o direito de utilizar os transportes públicos de forma ilimitada dentro do mês.

Para quem está preocupado com o celular, o melhor na Espanha é utilizar os pós-pagos, já que saem mais barato do que os pré-pagos. Os custos variam de 6 a 30 €. Se você gostaria de ter telefone e internet em casa, separe uma média de 50 €.

Se você não vive sem um cineminha, fique ligado! Na Espanha estudantes não pagam meia entrada, mas apenas um ou dois euros a menos. O preço da entrada varia entre 4 e 8 € e todos os filmes são dublados!

Assim, com uma média de 600 €, dependendo do teu trem de vida (expressão espanhola para estilo de vida), vive-se bem na Espanha, incluindo lazer e gastos extras.

O seu Passaporte Universitário já está carimbado de dicas. Agora é escolher as melhores opções e buen viaje!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

De passagem

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Por Karla Vidal

O transporte no Brasil é alvo de reclamações constantes, seja pelo preço, pela demora ou pelas condições de conservação. Para quem deseja fazer intercâmbio em algum país europeu, muitas dessas questões estarão resolvidas, mas é preciso ficar ligado. De modo geral, os transportes são integrados. Assim, com um mesmo ticket é possível utilizar metrô, ônibus e trem.

São várias opções de bilhete: único, cartela com dez bilhetes, e o passe ilimitado, que pode ser válido por até três dias. Em Paris existe, também, o passe semanal, mas é preciso ficar atento. Independentemente do dia da semana em que esse passe é comprado, no domingo mais próximo perderá a validade. O mesmo acontece com o mensal, perde a validade no último dia do mês.

O uso do metrô varia de país para país, mas, em geral, o sistema é similar ao brasileiro: você compra o ticket e passa pela roleta. O importante mesmo nos países europeus é não jogar o ticket fora até sair da estação. A qualquer instante alguém da fiscalização pode abordar os passageiros, e quem estiver sem o bilhete paga uma multa de até cinquenta euros, que devem ser pagos na hora.

Máquina para validar bilhete / Foto: minhasaga.org
No caso do ônibus, o ticket pode ser comprado até mesmo em banca de jornal. Também pode ser adquirido com o motorista ou em uma máquina localizada próxima às grandes estações. Se liga! É preciso sempre validar o bilhete, inserindo em uma dessas máquinas próximas às estações, ou então corre-se o rico de ser multado. A máquina vai imprimir algumas informações, mas é preciso checá-las, já que essa é a única garantia que o bilhete foi validado.

Trem TGV (Train à Grande Vitesse) / Foto: Marcelo Paniago
Caso o transporte escolhido seja o trem, é preciso decidir qual o melhor tipo. Os dois mais importantes da Europa são o TER (lê-se tê-ô-érre, em francês) e o TGV. O primeiro deles é regional. O TER é lento e barato. O bilhete pode ser comprado minutos antes do embarque, e pode ser utilizado para outras viagens durante dois meses. Já o TGV costuma fazer distâncias mais longas. É um trem de alta velocidade e é mais caro. Assim como em viagens de avião, é obrigatório ter a passagem para exatamente o trem que se quer pegar.

Se você deseja estudar na França, os jovens entre 12 e 25 anos têm direito à desconto na passagem (billete jeune), válido para qualquer TER, e sob cotas para outros tipos de trem.

Vale lembrar que, bem diferente do Brasil, os transportes nos países europeus são, em geral, muito pontuais, até mesmo quando estão atrasados. No caso dos trens, basta olhar a hora estimada em uma das telas espalhadas pela estação. Se estiver atrasado 8 minutos, por exemplo, basta acrescentar esse tempo ao horário normal, que com certeza o trem chegará.

Aproveite as dicas do Passaporte Universitário, pegue esse trem e boa viagem!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Só para os futuros médicos

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Os alunos de medicina da UFF contam com seu próprio sistema de intercâmbio. Trata-se da Coordenação Local de Estágios e Vivências da UFF (CLEV). A CLEV é responsável por recepcionar intercambistas estrangeiros e também por enviar os estudantes da UFF a outros países para estágio e/ou pesquisa médica por 4 semanas. É a coordenação que faz a seleção de estudantes brasileiros para o programa no exterior e também a seleção dos estudantes estrangeiros para o nosso país.

O programa trabalha com um sistema de pontuação e duas modalidades: anfitrião e padrinho. Lyvia Cabral, da coordenação, esclarece “Ambas as modalidades tem seus deveres a cumprir: o padrinho busca o intercambista no aeroporto e fica responsável por apresentar a UFF e os pontos turísticos da cidade para ele. Já o anfitrião o recebe em casa, oferecendo-lhe comida e estadia por 1 mês. Trata-se de uma forma prazerosa de conhecer culturas diferentes, o esquema de saúde dos outros países, trocar experiências e treinar outro idioma...”.

Todos os alunos de medicina da UFF podem participar. Para isso, precisam preencher a ficha de cadastro e se inscrever em uma das duas modalidades. Com o acúmulo de pontos, o aluno tem direito a ir para o exterior pelo programa de intercâmbio. Os interessados podem enviar email para o endereço clevuff@yahoo.com.br.

Por Ana Paula Abreu

Custo de vida na França

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Por Anabel Moutinho

A França é um país com custo de vida alto. Para viver bem é aconselhável o valor mínimo de US$ 900 se estiver em Paris e de US$ 700 se você estiver na província. Com esse dinheiro dá para pagar acomodação, alimentação, medicamentos e lazer.
No entanto é preciso controlar os gastos desnecessários. Para você ter uma idéia, um maço de cigarros custa aproximadamente US$ 4,uma entrada no Museu do Louvre US$ 8 e uma passagem de trem Paris-Nice- Paris US$ 150.
Outra coisa que custa caro são as refeições. Em média o café da manhã sai por cerca de US$ 5-15, almoço por US$ 15-30 e o jantar cerca de US$ 30.


Aluguel de imóvel

O intercambista também tem que preparar uma reserva de dinheiro inicial se for alugar um imóvel. A reserva é para fazer um pagamento de garantia equivalendo a dois meses de locação e remunerar a imobiliária por seus serviços, geralmente com valor correspondendo a um mês de aluguel.Além disso é necessário apresentar uma caução (responsável pelo pagamento dos aluguéis em caso de necessidade): seguro, fiador e; pagar os impostos locais quando o período de locação incluir o dia 1º de janeiro.

Para ver ofertas de locação na França, acesse:

Fédération Nationale des Agences Immobilières

Prost!

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Por Luciano Ratamero

Erick Martins Ratamero tem 24 anos e foi estudante de engenharia de telecomunicações na UFF. Formou-se no fim de 2009 e já trabalha em uma das empresas mais prósperas do país, a Chemtech. Conseguiu seu intercâmbio de estudos para a Alemanha no meio de 2007, ficando até o meio de 2008. Ele é um dos poucos que não teve grande dificuldade para ir, e decidiu compartilhar conosco esta outra visão do intercâmbio.

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Erick, qual foi sua maior dificuldade para conseguir ir para o exterior?

A maior dificuldade foi a burocracia, principalmente para conseguir o visto. Por medo de imigração ilegal, a União Européia exige todo tipo de comprovantes de que você realmente está indo para estudar e tem dinheiro suficiente para se sustentar durante o período que estará por
lá.

Como foi recebido na Alemanha e como era a cultura local?

Claro que nem todo mundo nos tratava como "iguais" (o que de certa forma é natural), mas fui muito bem recebido por lá, principalmente pelas pessoas da universidade. Sempre procuravam nos ajudar e aconselhar quando necessário. A cultura local, obviamente, não era igual a nossa, mas deu pra notar que o "mundo ocidental", hoje, é bem homogêneo: em termos gerais, a vida por lá não é muito diferente daqui.

Você foi através da UFF com que tipo de bolsa? Como a obteve e de quanto era?

Fui com uma bolsa de intercâmbio bilateral, oferecida pelo estado de Baden-Württemberg, onde ficava a universidade onde estudei. Obtive através de um professor do departamento de Engenharia de Produção, que é o contato desta universidade aqui na UFF. Ele divulgou a oferta de 3 bolsas, fez uma breve seleção e indicou os três contemplados. A bolsa era de 400 euros, por 5 meses.

Onde você ficou morando quando foi para lá? Como era e quanto tempo ficou lá?

Fiquei morando em uma residência estudantil, administrada pela própria universidade, onde moravam cerca de 200 estudantes das 3 faculdades da cidade. Eu tinha um quarto individual e dividia uma pequena cozinha e um banheiro com um alemão, que morava no quarto ao lado. No prédio havia uma sala de convivência com TV e uma cozinha maior, lavanderia e
"academia" (uma sala com alguns halteres). Haviam ainda outros 3 prédios na mesma residência estudantil. Fiquei lá por um ano.

Foi difícil se organizar quanto aos estudos e matérias? E as aulas, eram elas ministradas em alemão?

Foi bem fácil organizar os estudos, as universidades na Alemanha não exigem que você se inscreva nas aulas, então o que eu fiz foi ir a todas as aulas na primeira semana e decidir quais eram interessantes e eu freqüentaria. O material didático, em geral, se baseava em
apostilas, que podem ser encomendadas pela internet e, em geral, são de graça. A universidade tinha uma ótima biblioteca, e cada departamento também tinha sua biblioteca com livros da área. Eu fiz aulas de um programa de mestrado para estudantes estrangeiros, então
as aulas eram em inglês. Apenas uma das matérias que eu resolvi fazer era, teoricamente, em alemão, mas como era um laboratório, foi possível convencer o assistente que me acompanhava durante as aulas a falar inglês, então não tive problemas quanto a isso.

Onde ou com quem você conseguiu as informações que precisava para poder fazer o intercâmbio? Foi difícil consegui-las?

Na verdade, as informações vieram a mim: recebi o e-mail da oferta de bolsas de um professor, me inscrevi, fui aprovado na seleção e, daí por diante, meu contato era direto com o escritório internacional da universidade na Alemanha, que sempre foi muito solícito e facilitou muito o processo.

Valeu a pena fazer este intercâmbio? Por quê?

Sim, vale muito a pena. Principalmente para áreas técnicas, todos os alunos sentem muita falta de aulas práticas, em laboratórios bem equipados, e lá eu tive a possibilidade de ter esse tipo de experiência, que realmente facilita muito o aprendizado. Além do aspecto acadêmico, a experiência de passar um ano em um ambiente completamente diferente, tendo que conviver com gente com diferentes visões de mundo, é muito enriquecedora.

Dê uma dica ou uma mensagem para quem quer ir para o exterior através da UFF:

Alguns professores funcionam como contato com universidades estrangeiras. Procure conversar com estes professores e descobrir sobre oportunidades, não é muito difícil conseguir uma vaga de intercâmbio, e com alguma sorte é possível até arranjar bolsas. É uma experiência única, vale a pena correr atrás.

País da diversidade

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Por Luciano Ratamero

Quando falamos na Alemanha, todos esperam que seja um país de pessoas frias, regradas, fechadas em torno da sua própria sociedade, sem grandes diferenças entre si. Quem já falou que esta é uma nação assim, pode ir mordendo a língua, porque a Alemanha é sim um país feito de diversidade.
Falo de diversidade não só étnica, mas também sexual. A Alemanha permite, desde 2002, uma união matrimonial entre pessoas do mesmo sexo, coisa que ainda é tabu em muitos países. Gays e lésbicas também podem muito bem adotar legalmente uma criança, se ela for uma enteada. E os homossexuais são respeitados: o prefeito de Berlim é, e diz "sou gay, e é bom que eu seja assim".
Isso não é o que se espera, pelo que sabemos do passado do país. E quando se lembra de 70 anos atrás, nossa, faz tempo desde a 2a Guerra. Eles mudaram muito, principalmente quanto a imigração de estrangeiros. Pode parecer estranho, mas o país recebe bem os refugiados e imigrantes, desde que sejam pessoas instruídas ou em necessidade.

Então, você que é universitário, se tiver oportunidade de ir para a Alemanha, se liga, porque não vai se arrepender!

Comer bem, estar bem

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Por Karla Vidal


Comer. Uma atividade apreciada por todo o mundo é sempre uma preocupação quando se viaja para outro país. Qual é o tipo de culinária? Será que vou gostar e me adaptar? Se o seu destino é a Espanha, o Passaporte Universitário dá dicas para você não só arrumar as malas, mas preparar o estômago.
A diversidade gastronômica é uma das marcas inconfundíveis da culinária espanhola. Carnes, frutos do mar, doces. A composição de diferentes pratos se deve, em especial, à diversidade geográfica, cultural e climática do país. A grande variedade de frutos do mar disponíveis nas águas que a cerca fez da Espanha o segundo maior consumidor de peixes no mundo, ficando atrás apenas do Japão. As tradições judaicas e mouras são forte influência da culinária do país. Outra marca de países da região mediterrânea é o uso do azeite. Na Espanha, porém, não é consumido apenas como tempero para alimentos prontos, mas também em fritura dos cozidos.
Um prato tradicional na Espanha, por exemplo, é a paelha (ou paella em castelhano, catalão e em português), que tem origem na comunidade de Valência - razão para o prato ser conhecido em Portugal como arroz à valenciana -. Originalmente, a paelha nasceu da união de uma série de alimentos típicos da região, como arroz, frango, coelho, azeite, açafrão (que dá cor característica do prato). No Brasil, o prato tem como base frutos do mar, e os principais ingredientes são arroz e peixe. Pode levar também lula, camarão, lagosta e mexilhão. O nome do prato é dado pelo seu modo de preparo. Tradicionalmente é cozinhada em um fogão a lenha, numa paelha ou paella, que é uma frigideira sem alça, com um diâmetro de pelo menos 30 cm, e de pouca profundidade.
Serão cerca de 6 meses em uma cultura diferente, com costumes, e também culinária distinta. Por isso, além de saber sobre as características gastronômicas, é preciso se ligar no vocabulário. Escachar, por exemplo, é o modo de cortar a batata, introduzindo a lâmina da faca até metade do corte, utilizando-a, então, como alavanca, para cortar a batata. O método é usado para engrossar os ensopados. Uma faca aguçada é uma faca pequena, de lâmina curta, com ponta bem afiada, utilizada para descascar legumes e verduras. Gofio é uma farinha grossa de grãos de milho, trigo ou cevada, tostados e moídos, Consumida, muitas vezes, açucarada, misturada com leite, no café-da-manhã. É, também, ingrediente de sopas, doces e todo tipo de pratos de origem mais humilde.
Se a comida não atraiu, um hábito tradicional na Espanha tenho certeza que agrada também aos brasileiros. A “siesta” depois das refeições é muito comum. Depois de tanta comida, nada melhor do que um bom descanso. ¡Hasta luego!